quinta-feira, 31 de julho de 2014

Metamorfoses - história do meu cabelo parte 2

De 2004 até 2007 passei por um processo de mudança, de vida, de trabalho, de religião, de conceitos e com isso, de cabelo. Zerei o cabelo, total, radicalmente e fiquei um ano e sete meses sem usar nenhum tipo de química no cabelo.




2007 - Bemmmmm curtinho















Cuidar do cabelo natural dá trabalho, sabe. Eu adorava o jeito que ele ficava com “twist”, mesmo depois que eu soltava, mas a preguiça, a tendinite e o trabalho todo que me dava cuidar dele, me fizeram voltar pro “super-relaxante”. Era mais cômodo e eu já tinha esquecido minha insatisfação anterior.
2008

Depois de muitos cortes, tinturas sem amônia e muito super-relaxante o cabelo voltou ao mesmo estado de antes e eu insatisfeita. 



2011
Depois de tanta leitura, informação, entendimento da minha identidade racial, religiosa e cultural, de mudar em tantos aspectos, eu andava me sentido presa a um cabelo que não era meu.

Atrelada a um ideal de cachos que não me pertencem. Eu continuo achando cabelos cacheados lindos, mas hoje percebo que tentar ser o que não sou é agressivo, tanto pra mim quanto pro meu cabelo. Me sinto tão mais bonita do que quando não tinha esse pensamento, então por que violentar meu cabelo assim?
Nada contra as químicas existentes e não digo que nuca voltarei a usá-las, pois sou uma mulher de mudanças, mas hoje a química não me contempla. Não traz o resultado estético que loucamente idealizava e ainda agride a estrutura dos meus fios.

Antes de tomar essa decisão já havia mudado a rotina de cuidado com os cabelos, na tentativa e recuperar os fios, deixá-los mais macios, fortes e com brilho. Visitei muitos blogs de outras meninas cacheadas, assisti muitos vídeos no youtube. Comecei a entender o que é “no poo”, “low poo”, fitagem e tantos outros termos, fui tomando coragem aos poucos, até que com o incentivo de algumas amigas e após muita reflexão, resolvi que iria encarar, novamente, a transição!!!


Agora por uma alternativa mais saudável e livre para meu cabelo e pra mim. Por um caminho de reconhecimento de quem é esse parceiro que caminha acima da minha cabeça, como ele se comporta e o que ele encara como melhor opção para sua saúde e beleza. Chega de domar e brigar com meu cabelo. Eu quero que ele seja livre, assim como eu gosto de ser.

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